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terça-feira, 25 de agosto de 2020

139_12-06-2020

Acrílico. 100x80 cm. 

Este jogo entre aquilo que pretendo fazer e aquilo que sai, nem sempre me é favorável. Geralmente quando parto para uma pintura tenho uma ideia mais ou menos definida daquilo que pretendo fazer. Não me preocupo muito em tê-la muito definida, porque quando isso acontece, sai diferente do que pretendia fazer. 

A pintura é o momento e quando pinto afasto-me frequentemente da ideia inicial. Mas ainda bem que assim é, porque penso que quando não for assim, estarei a entrar na rotina e o perigo de entrar na rotina é perder a criação e a espontaneidade. Este diálogo com a tela, muitas vezes permanece para além da fase final e por isso quando julgo ter concluído, eis que, no dia seguinte estou a retocar ou mesmo a refazê-la. Umas vezes para o bem, outras para o mal.

Este quadro está acabado, mas nada me diz que daqui a algum tempo, se não o vender, não volte a ele. Hoje penso que poderá merecer alguns pequenos toques. Aonde e que toques, só o tempo o dirá. O diálogo permanece.